Luiz Marinho (PT-SP), ex-prefeito de São Bernardo do Campo, e o ex-prefeito de Santo André, Carlos Grana, foram condenados pela 8ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo pelo crime de nepotismo cruzado. Eleito deputado federal nesta última eleição, Marinho foi o nome escolhido pelo presidente eleito Lula (PT) para a pasta do Ministério do Trabalho a partir de 2023.

A denúncia de nepotismo foi apresentada pelo Ministério Público de São Paulo que mostra que foram dados cargos de confiança à filha de Grana, em 22 de abril de 2015, em São Bernardo do Campo, município onde Marinho foi prefeito, e outro cargo, em 7 de agosto de 2015, em Santo André (onde Grana foi prefeito), à cunhada de Marinho. Trata-se de uma troca de favores a fim de tentar burlar a Lei de Nepotismo. As nomeações tiveram um intervalo de quatro meses.
O MP-SP entrou com pedido de condenação de Marinho e Grana pelo crime de nepotismo cruzado, que se trata de prática que fere os princípios da administração pública e constituem atos de improbidade administrativa, já que as nomeações recíprocas de familiares ficaram comprovadas.